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LOTERIAS: BANCÁRIOS DEFENDEM CAIXA 100% EM AUDIÊNCIA NA CÂMARA

Em audiência pública na Câmara dos Deputados nesta quarta (03), para discutir a transferência das operações das loterias para uma subsidiária da Caixa, representantes dos sindicatos dos bancários e outras entidades representativas dos empregados foram unânimes em defender a continuidade da Caixa 100% pública.

Durante o debate, proposto pelos deputados Erika Kokay (PT/DF) e Tadeu Veneri (PT/PR), os representantes dos trabalhadores reforçaram que as loterias têm sido fundamentais para reduzir as desigualdades sociais no país, por meio do repasse de recursos a políticas sociais. E criticaram a falta de transparência e diálogo sobre o tema.

Os participantes demonstraram surpresa com o fato de o Ministério da Fazenda, ao qual a Caixa é vinculada, sequer saber da intenção do banco em dar seguimento ao projeto de transferência de uma das partes que é fundamental para a empresa. Por isso, concluíram que a discussão no Conselho de Administração da empresa deve ser imediatamente suspensa. E decidiram que será elaborado um manifesto, com registro de todos os assuntos abordados.

“A loteria é da Caixa e a empresa inteira é toda nossa, é do povo brasileiro. Portanto, não toquem na Caixa, que tem empregados que resistiram a ataques absolutamente furiosos e estão ainda hoje continuando a construir uma empresa que é 100% pública e não pode ser arrancada aos pedaços sem que se entenda qual o sentido dessa proposição e quais os parâmetros que limitam qualquer tipo de tentativa de enfraquecimento da instituição”, ressaltou a deputada Erika Kokay.

DEBATE COM OS EMPREGADOS

“Queremos que o debate da gestão da empresa seja aberto com os empregados”, afirmou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e diretora do Sindicato, Fabiana Uehara. E apontou: “Dizer que colocar as loterias da Caixa na subsidiária vai melhorar o processo não faz sentido. Temos exemplo de outra subsidiária que mostra claramente que não é isso que acontece, que é a Caixa Seguridade”.

Eleita recentemente para o Conselho de Administração da Caixa, Fabi reforçou: “Por que a Caixa não investe na própria estrutura, ela já tem uma superintendência que cuida disso, por que não aumenta a quantidade de empregados que lá estão. Nós defendemos essa empresa não só pelo seu papel social, mas porque é um patrimônio do Brasil”.

Diretora da Fetec-CUT/CN, Rafaella Gomes endossou que o único motivo para descer as atividades de loterias para subsidiária é abrir caminho para privatização. “A manutenção das atividades da loteria na Caixa garante emprego com qualidade. O banco tem uma estrutura funcional rica e totalmente capaz. A subsidiária não consegue oferecer nenhum diferencial, a não ser uma flexibilidade de ações, porque está livre de algumas travas e fiscalizações que o banco tem de cumprir, ou seja, a transparência de recursos seria perdida com essa transferência”.

“Foi importante essa audiência para discutirmos as questões que nos preocupam, uma vez que esse assunto está sendo tratado de forma açodada. Inclusive, o Ministério da Fazenda não tem as repostas que nós pedimos”, observou Maria Gaia, diretora da Fetec-CUT-CN. E concluiu: “A privatização, a venda, ou qualquer coisa parecida, não é a solução e nunca foi. A solução é investimento na tecnologia de ponta na Caixa, na área de loterias. Vai ter luta se não abrir um processo de diálogo”.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Brasília

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