Nesta terça (12), foi divulgada a inflação (INPC) para agosto, que apresentou variação de 0,20%. Com isso, o acumulado para 12 meses, entre setembro de 2022 e agosto de 2023, ficou em 4,06%. Desta forma, o reajuste da categoria bancária em 2023 será de 4,58% (INPC mais 0,5% de aumento real). O aumento será pago no próximo salário.
O reajuste é resultado da mobilização de toda a categoria, junto aos sindicatos, na Campanha Nacional Unificada dos Bancários de 2022, que garantiu para 2023 a reposição da inflação (INPC) mais 0,5% de aumento real nos salários, em todos os valores fixos da PLR, no VA e VR e em todas as demais verbas previstas nas cláusulas econômicas da CCT, como auxílio-creche/babá, gratificações, auxílio home office, etc.
Para a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, o acordo de dois anos foi uma grande conquista: “Passamos por momentos em que o governo Bolsonaro pressionava para os trabalhadores perderem direitos e com o acordo mantivemos todas as cláusulas da nossa convenção intacta”.
“Os bancos queriam nos impor perda de direitos e não dar reajuste algum. Tivemos que negociar por dois meses e meio para fazê-los mudar de posição”, lembrou, ao acrescentar que além de todos os direitos previstos na CCT, a categoria também conquistou um adicional no vale alimentação no ano passado, para compensar a inflação maior dos alimentos e aumento real.
CONQUISTAS
Além da manutenção de todos os direitos, as negociações realizadas pelo Comando Nacional dos Bancários levaram ao reajuste, para 2022, de 8% nos salários, aumento de 10% nos vales alimentação (VA) e refeição (VR), além de um adicional de R$ 1.000,00 em VA para compensar a alta inflação dos alimentos constada no período. Também foi conquistado reajuste de 13% para o teto da parcela adicional da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) do ano passado.
Fonte: Contraf-CUT