Em campanha pela reeleição, em 2022, o governo Bolsonaro utilizou-se de órgãos públicos e do aparato estatal para tentar alavancar sua candidatura. A CAIXA também foi vítima desta estratégia e acabou herdando um calote bilionário.
Por meio de uma medida provisória, o governo criou duas linhas de crédito no banco público para o eleitorado mais pobre, que recebia o Auxílio Brasil. A CAIXA, por decisão do governo em pleno período eleitoral, liberou R$ 10,6 bilhões para 6,8 milhões de pessoas.
Em reportagem do UOL divulgada nesta segunda-feira, 29, são narradas as estratégias utilizadas por Bolsonaro, “se valendo de manobras inéditas, sem transparência”. As ilegalidades já haviam sido denunciadas pelo movimento sindical bancário.
“Entre o primeiro e o segundo turno das eleições, a Caixa liberou R$ 7,6 bilhões. O programa é criticado por reduzir o valor do benefício social para pagar o empréstimo. Mais de 100 mil devedores foram excluídos do Bolsa Família este ano e o pagamento das parcelas do crédito é incerto”, explica a matéria do UOL. Veja aqui o texto na íntegra.
“Desde o começo do governo Bolsonaro, denunciamos a gestão irresponsável feita por Pedro Guimarães na CAIXA. O uso eleitoreiro de um banco público que deve servir à população brasileira é gravíssimo. O que se mostrou foi o total desrespeito às empregadas, empregados e ao patrimônio do povo. Além disso, para tentar se reeleger, Bolsonaro endividou famílias que já sofrem para ter seu sustento no dia a dia. É desumano! Temos que reconstruir a CAIXA com uma gestão responsável e que valorize as pessoas”, afirmou Eliana Brasil, diretora do Sindicato de Belo Horizonte e da Contraf-CUT.
Fonte: Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte