Um vídeo mostrando uma enorme fila que vai além da porta da agência Centro do Banco do Brasil (ver abaixo) virou destaque das notícias da Confederação Nacional dos Bancários neste final de semana.
Também chamou a atenção da Confederação a agressão de um cliente a um bancário da cidade. Os fatos levaram a uma reflexão sobre a precarização dos sistemas de segurança que se replicam por todos os bancos e a falta de bancários nas agências, que leva a sobrecarga dos trabalhadores das agências.
Antes de partir para cima do trabalhador bancário, o autor do crime em Uberaba tentou quebrar equipamentos da agência, motivado pela demora no atendimento e queda do sistema.
“Casos de violência como este de Uberaba estão se tornando recorrentes em agências bancárias de todo o país. A queda no nível de segurança nos bancos tem acontecido porque, já há algum tempo, de forma irresponsável, os bancos estão tomando a iniciativa unilateral de reduzir os gastos neste setor, alegando altos custos, por exemplo, na manutenção de portas giratórias e de vigilantes, mesmo constatado que os bancos continuam obtendo alta lucratividade”, destacou o coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Elias Hennemann Jordão.
Ele reiterou que o movimento sindical tem feito alertas constantes à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), nas mesas de negociações, contra o enxugamento de gastos na segurança de unidades e agências. “A vida vem em primeiro lugar. Não existe justificativa plausível para reduzir custos com a manutenção de portas de segurança e de vigilantes”, completou.
FILAS E ESPERA NO ATENDIMENTO
O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, completa que os registros de filas enormes nos atendimentos refletem também a administração do desmonte nos bancos públicos.
“A contratação de mais pessoas está na nossa pauta de reivindicações para evitar acontecimentos como estes de Uberaba. Com menos funcionários, as agências ficam sobrecarregadas, demoram mais para realizar todos os atendimentos e isso causa estresse nas duas pontas, entre os funcionários e clientes. Recebemos imagens de filas tão extensas que ultrapassam a área de frente das agências”, acrescentou.